O último boletim sobre a #Colônia Agrícola da #Constança - Contagem Regressiva, distribuído mensalmente entre os leitores interessados, gerou diversos comentários aos quais prometemos responder aqui pelo blog. Um deles refere-se a uma reflexão que publicamos, em fevereiro de 2009, na qual dissemos que temos a ousadia de tentar resgatar uma história até aqui relegada ao "silêncio". Pedro Ferreira pergunta o motivo pelo qual ainda não tinha sido registrada a trajetória dos imigrantes que viveram em Leopoldina.
Assim como temos feito em outras oportunidades, respondemos com palavras dos pensadores que nos guiaram durante todo o processo de pesquisa. Segundo Michel Foucault, em Arqueologia do Saber,
Nossa escolha fundamenta-se, entre outras, nas palavras de Fernand Braudel em Escritos sobre a História, onde declara que não existe
Assim como temos feito em outras oportunidades, respondemos com palavras dos pensadores que nos guiaram durante todo o processo de pesquisa. Segundo Michel Foucault, em Arqueologia do Saber,
A história, em sua forma tradicional, se dispunha a “memorizar” os monumentos do passado, transformá-los em documentos.Nós escolhemos uma via que se contrapõe à história tradicional, a qual se concentrava em acontecimentos ditos importantes, relegando ao esquecimento o que classificava como desnecessário perpetuar. Entendemos por inviável tal posição, na medida em que os historiadores determinaram o que seria importante a partir de uma visão particular de mundo que não é mais aceitável.
Nossa escolha fundamenta-se, entre outras, nas palavras de Fernand Braudel em Escritos sobre a História, onde declara que não existe
indivíduo encerrado em si mesmo [...] todas as aventuras individuais se fundem numa realidade mais complexa, a social.Optamos pela reação contra
a história arbitrariamente reduzida ao papel dos heróis quinta-essenciados.Realmente acreditamos que a história modula o destino dos homens. Na medida em que pudermos dar voz aos que foram desconsiderados pela história antiga, estaremos contribuindo para um novo lugar de memória, onde a sociedade leopoldinense poderá haurir outros componentes de sua formação identitária.