Pedidos de Leitores


Em nosso projeto de resgate da memória cultural da Colônia Agrícola da Constança, publicamos nossos estudos em periódicos de Leopoldina. Na série de artigos que escrevemos por ocasião dos 90 anos daquele núcleo colonial, muitas vezes mencionamos imigrantes que, contratados por fazendeiros da cidade até vinte anos antes da fundação da Colônia, tornaram-se proprietários de lotes ou agregados. Em outros casos, citamos sobrenomes de imigrantes que lá não residiram, mas cujos descendentes vieram a unir-se por casamento a descendentes daqueles colonos.

Agora, que nos aproximamos das comemorações do Centenário em 2010, diversos leitores têm feito contato conosco, interessados em mais informações não só sobre os colonos, como também sobre os imigrantes que viveram em Leopoldina no final do século dezenove.

Por esta razão, republicaremos alguns nomes de chefes de famílias que foram contratados na Hospedaria Provincial – Hospedaria Horta Barbosa em Juiz de Fora. Lembramos que a eventual variação na grafia deve-se ao fato de os responsáveis pelo registro nem sempre obedecerem fielmente ao contido no documento então disponível. Muitas vezes, parece-nos que foi registrado o som da pronúncia do imigrante.

Os Administradores


A Colônia Constança era dirigida por um representante do governo de Minas, nomeado para o cargo de Administrador da Colônia. Este funcionário era responsável pela venda dos lotes, recebimento das prestações e organização geral das atividades. O primeiro deles foi o Sr. Ferdinando Sellani, irmão do colono Santo Sellani, lote 60. Ferdinando permaneceu no posto até outubro de 1909.

O governo nomeou, então, Guilherme Prates que, segundo a Gazeta de 27.05.1911, permaneceu no cargo até 16.05.1911, quando foi transferido para a Colônia Santa Maria, em Sobral Pinto/Astolfo Dutra.

Da Santa Maria, na mesma data, veio o diretor Félix Schmidt, que administrou a Constança por um curto período, pois em 30.06.1911 veio a falecer.

Assumiu o cargo, a partir daí, o Sr. Climério Duarte Godinho, que já exercia a função de auxiliar desde julho de 1909 e que permaneceu até a total quitação dos financiamentos dos lotes e emancipação da colônia.

O Sr. Climério residiu na sede da Colônia, que funcionava na antiga fazenda Boa Sorte, hoje de propriedade da família Bonin (Bonini). Ali funcionava a escola pública que atendia às famílias dos colonos.

Outro nome que esteve ligado à administração da colônia é o de João Ventura Gonçalves Neto, que foi também Juiz de Paz em Leopoldina.