Um Colono Rezende Montes

Em resposta à consulta de Maria Inês Barbosa, informamos que nosso texto Um Lote Comprado por Brasileiros, publicado na edição do jornal Leopoldinense de 16 de dezembro de 2009, já se encontra disponível no site.

30 de janeiro na Colônia Agrícola da Constança

Há 100 anos, Manoel da Cruz Cartacho tomou posse do lote 37 da Colônia Agrícola da Constança. Nascido em Leopoldina em 1890, era filho de outro do mesmo nome que procedia de Portugal ou das Ilhas Atlânticas portuguesas.

Imigrantes Italianos e a Cidade

“A primeira riqueza da Itália são as suas cidades”, declara Cléia Schiavo Weyrauch no início do texto Os italianos, a cidade e a expansão do Rio de Janeiro, publicado no livro Travessias Brasil-Itália, editora da Uerj, 2007.

A leitura deste texto nos faz refletir sobre a grande mobilidade dos imigrantes italianos que viveram em Leopoldina no final do século XIX. Isto porque, na medida em que o desenvolve, a autora ressalta a profunda relação que eles mantinham com as áreas urbanas, mesmo que tenham vivido em áreas agrícolas na terra natal.

Referindo-se ao clássico Do Outro Lado do Atlântico, de Angelo Trento, Weyrauch acrescenta:

“Nos grotões, nos bairros distantes e nos próximos – enfim, em todas as partes da cidade – por onde passassem os italianos, eles organizavam o espaço público tendo a rua como metáfora de um lugar de convivência e enriquecimento em todos os níveis.”

Possivelmente aí está uma boa definição para o movimento que fez com que os imigrantes, instalados na Colônia Agrícola da Constança ou em outras regiões do município, buscassem organizar um espaço público de convivência ou cedo se transferissem para a área urbana.

Família Ziller em Leopoldina

Nos livros de batismos números 14 e 15, de Leopoldina, identificamos um casal imigrante que permanece com poucas informações. Trata-se de Giovanni Trentino Ziller e Luigia Gazzoni, pais de:

        - Angelina, nascida no dia 18 de janeiro de 1913 e batizada aos 16 de março do mesmo ano;

        - Abigail, nascida aos 11 de março de 1914 e batizada no dia 8 de setembro do mesmo ano.

Em contato com pesquisadores do Rio Grande do Sul, soubemos que por volta de 1825 nasceu Giovanni Battista Ziller no Trento, região Trentino Alto-Adige. Era filho de Giuseppe Ziller e Orsola Dattalini.

No dia 15 de setembro de 1847 Giovanni casou-se com Maria Cattarina Zamboni em Arsio, comune da província do Trento. Ela nasceu no dia 26 de junho de 1825 em Brez, na província do Trento. Sabe-se que descendentes de Giovanni Battista Ziller e Maria Cattarina Zamboni passaram ao Brasil, provavelmente Rio Grande do Sul, e que o casal teve um filho homônimo do pai que foi mandado ao seminário, ainda na Itália.

Por coincidência, no batismo da Angelina, após o nome da mãe consta a expressão: "Nota: Pater est sacerdos catholicus secularisatus". No batismo da filha Abigail, após o nome do pai consta a expressão: "sacerdos catholicus secularisatus"

O casal Giovanni Battista Ziller e Luigia Gazzoni foi padrinho de batismo de Luiz, filho de Pedro Leonello e Virginia Sellegerin, em dezembro de 1914. Pelos sobrenomes, parece que os pais de Luiz também eram imigrantes italianos.

Reunindo outras informações, observamos que a provável mãe do Giovanni Battista Ziller que viveu em Leopoldina tinha o sobrenome Zamboni, que é o mesmo do padrinho de Angelina Ziller, batizada em Leopoldina: Rochi Zamboni. Este personagem pode ser da família de Pietro Zamboni que passou ao Brasil em 1896, radicando-se em Mar de Espanha.

Parece que Giovanni Battista Ziller, ex-padre, foi professor do Ginásio em Leopoldina, onde era tido como austríaco. Mas até o momento nada mais conseguimos apurar.

Desde já agradecemos se algum leitor puder nos fornecer pistas para ampliar as informações sobre esta família.

Há 100 anos, na Colônia Agrícola da Constança

No dia 27 de janeiro de 1910, 4 colonos tomaram posse de lotes:

Hermann Krause, lote 31

Bruno Troche, lote 32

Franz Schaden, lote 44

Ernest Lang, lote 51

Em março do mesmo ano, Franz Schaden abandonou a Colônia e o lote foi transferido, em outubro, para Rudolf Rottemberg.

Em junho de 1910 foi a vez de Hermann Krause e Bruno Troche também deixarem seus lotes, que foram ocupados em fevereiro do ano seguinte por Luigi e Giuseppe Boller.

Há indicações de que Ernest Lang tenha desocupado o lote em 1910 ou 1911 e que a propriedade teria sido incorporada a uma outra faixa de terras que, redividida, veio a se tornar moradia de outros colonos. Informações, entretanto, que não conseguimos comprovar em fontes originais.

Bloco dos Pirineus homenageia os Imigrantes no carnaval 2010

Segundo material de divulgação disponível no site do jornal Leopoldinense,

O enredo do Pirineus vem falando de Leopoldina, mas sem a pretensão de querer contar toda a história da cidade. Na verdade o enfoque é o povo leopoldinense. A exemplo do resto do Brasil, Leopoldina foi formada e se desenvolveu através da contribuição de diversos povos. Os índios Puris, Coroados e Caporés, seus primeiros habitantes, expulsos e dizimados pelos bandeirantes. O negro escravo que no trabalho exaustivo das lavouras de café fez Leopoldina crescer economicamente. O imigrante português, espanhol, sírio, e principalmente os italianos que vieram substituir o braço negro e que muito influenciaram e influenciam através de seus descendentes nos destinos da cidade. O Pirineus presta uma homenagem no ano do centenário da Colônia Agrícola da Constança a esses pioneiros. Nosso enredo é uma exaltação, não a tradicionais figuras históricas, mas a esse povo simples que com seu trabalho tira da terra o sustento e contribui para sermos o que somos. Exalta nossos artistas, sejam eles pintores, escultores, cantores, músicos. Nossos atletas do futebol, da natação, do ciclismo, das artes marciais, do vôo livre entre outros, que com ou sem apoio elevam o nome da cidade. Aos voluntários sociais, enfim a todos os leopoldinenses nascidos ou não aqui, mas que apesar de todos os problemas que enfrentam, amam essa terra.

Missa pelo Centenário da Colônia Agrícola da Constança

 

Confirmada com o Padre Marcos, responsável pela Igrejinha de Santo Antonio da Onça, a celebração de missa comemorativa pelo Centenário da Colônia Agrícola da Constança e os 130 Anos da Imigração Italiana em Leopoldina.

Será no dia 11 de abril, domingo, às 11 horas da manhã, na própria Capela construída pelos imigrantes.

17 de janeiro na Colônia Agrícola da Constança

Em 1911, o imigrante italiano Antonio Montagna tomou posse do lote 28 da Colônia Agrícola da Constança, no dia 17 de janeiro. Procedente de Rovigo, a família deste colono já vivia no município de Leopoldina bem antes da fundação da Colônia, como pode ser visto aqui.

15 de janeiro de 1910

Há 100 anos o lote número 54 da Colônia Agrícola da Constança foi ocupado por Hermann Richter. Tudo indica que era um colono de origem germânica. Não encontramos, porém, informações sobre sua passagem por Leopoldina. É provável que tenha ficado na cidade por pouco tempo.

Colonos empossados no dia 11 de janeiro

Em 1911, no dia 11 de janeiro, 5 colonos tomaram posse de lotes da Colônia Agrícola da Constança:
Modesto Pumpemayer, lote 15

Eugenio Travain, lote 24

Leopoldo Abolis, lote 28

Giovanni Ottavio Anzolin, lote 55

Basilio Anzolin, lote 57