O surgimento das cidades brasileiras

Talvez este seja um tema que interesse a todos que estudam a história do lugar onde nasceram. Em algum momento da pesquisa, ocorre de nos perguntarmos os motivos que levaram um grupo de pessoas para determinado lugar, surgindo ali um arraial mais tarde transformado numa cidade. A bibliografia é vasta, permitindo formar um panorama bastante amplo pela leitura dos inúmeros autores que trataram do assunto. Mas nem sempre o acesso a publicações acadêmicas é fácil. Por esta razão, hoje destaco uma leitura interessante sobre 
"a constituição das cidades nos sertões do Brasil a partir de repertórios de ação associados ao rancho, ao pouso/pousada e às tropas que, nos percursos longínquos da história brasileira, alicerçam a constituição das cidades no vasto território desse Estado-Nação".

Com o título Percepções do Espaço-Tempo Brasileiro: O Rancho em um Lugar, o artigo de Margarida do Amaral Silva foi publicado na Revista de História Comparada do Programa de Pós Graduação da UFRJ volume 3, número 1, que pode ser lido neste endereço.

Escrever História

"O historiador, como o escritor de uma maneira mais geral, dificilmente pode prescindir de projetar uma forma antes de partir para a elaboração do seu texto, mesmo que esta forma mostre-se apenas provisória, pronta a ser retificada à medida que se escreve, ou mesmo substituída por outra que posteriormente se revele mais adequada. Dito de outra maneira, o escritor do texto historiográfico precisa visualizar previamente a estrutura através da qual ele organizará os seus materiais, as suas análises, as partes narrativas e descritivas de sua reflexão. Como expor tudo isto ao leitor, torná-los claros e atrativos para ele, e, na verdade, para si mesmo? Ademais, se preciso falar de um determinado número de coisas em meu texto historiográfico, se preciso apresentar um certo conjunto de resultados, como decidir sobre o que falar em primeiro lugar? Como criar um sistema de encadeamentos, inclusive hierarquizando no tempo da minha própria narrativa alguns eventos que são simultâneos, e não sucessivos? Como enfrentar os dilemas oriundos das escolhas narrativas diante de uma prática textual de escrita e leitura que é linear?"

José D’Assunção Barros
História, narrativa, imagens. Desafios contemporâneos do discurso historiográfico
Disponível em http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/antiteses/article/view/1426/1617

Continuando nossas sugestões de leitura, convidamos para uma reflexão sobre a forma como o discurso historiográfico se apresenta através da leitura do texto completo.

Preservação de Bens Culturais

Até quando vamos continuar assistindo a destruição dos bens culturais?

Em Divino, MG, é a destruição do piso da igreja, como pode ser visto nesta matéria

Portal Caparaó

Em Cabo Frio é a diocese mandando derrubar, num fim de semana, uma construção protegida por leis municipais.

E assim sucessivamente, vamos tomando conhecimento do desprezo que algumas pessoas devotam ao nosso patrimônio.

Como está a educação patrimonial nas escolas de Ensino Fundamental?

Preservação de Bens Culturais

A organização não governamental Escudo Azul chegou a Minas Gerais. Vejam entrevista com Bethania Reis Veloso sobre a organização que tem por objetivo a proteção e preservação das coleções e bens culturais.

A renovação dos conteúdos e métodos da História ensinada

Muito bom o texto de Crislane Barbosa Azevedo disponível neste endereço. Eis o resumo.

"Conhecimento acerca do campo profissional em que atuamos é imprescindível para planejarmos melhorias em nossas práticas. Partindo dessa premissa e com base em pesquisa bibliográfica, este artigo, de caráter propositivo e analítico, apresenta mudanças e permanências por que passou o ensino de história no Brasil no século 20, possibilidades metodológicas de renovação da História ensinada por meio de um processo de formação docente voltado a práticas de pesquisa, bem como de fontes e bibliografia especializada passíveis de uso pelo professor em suas aulas. A renovação no ensino de História nas escolas básicas de nosso país representa desafios ainda no século 21. Evidenciamos que, para mudanças de maior monta, requer-se solidez teórico-metodológica no planejamento docente."

Taxista sabe-tudo vira atração histórica em Minas

"Ranulfo virou uma atração a mais para os turistas que visitam as igrejas e monumentos históricos" em São João del Rei.

Qual a mensagem deste livro?

Há não muito tempo, era prática nas instituições escolares a famigerada Ficha de Leitura. Entre outras coisas, o aluno deveria responder a pergunta semelhante ao título desta postagem. Mas será que os professores das outras disciplinas pensavam no conteúdo ideológico presente nos livros com que trabalhavam?

A lembrança daquela tarefa escolar veio forte ao final do leitura do artigo O discurso histórico presente no livro didático: uma abordagem ideológica e historiográfica. As autoras Natalia Aparecida Tiezzi Martins dos Santos e Dolores Pereira Ribeiro Coutinho apresentam o trabalho informando como objetivo "tratar o discurso histórico presente em livros didáticos de História demonstrando os conteúdos reais das mensagens ideológicas que são veiculadas pelos mesmos."

Além de apresentar um panorama sobre o papel do historiador e sua postura como cientista social, Natalia Santos e Dolores Coutinho falam do papel do professor e a mediação que exerce ao apresentar os conteúdos para seus alunos. 

Prosseguimos, com este texto, nossa prática de indicar leituras que possam contribuir para o crescimento de cada leitor. O texto completo pode ser lido aqui.

PONTES QUE DURAM UMA VIDA

Muitas cidades do interior convivem com equipamentos que serviram a estradas de ferro sem se darem conta de seu valor como bem cultural. Escolho esta postagem de um dos grandes entusistas da preservação da memória ferroviária como convite para que conheçam seu trabalho.

Historia do Brazil, de Robert Southey

No site da Brasiliana, mais uma interessante sugestão de leitura.

Curso Online - Escrevendo nossa História - Pré-cadastro

O curso Escrevendo nossa História, tem como objetivo promover o desenvolvimento de projetos didáticos com foco no estudo da história local.

Curso Online - Escrevendo nossa História - Pré-cadastro

Otacilio Barbosa: centenário de nascimento

24 de fevereiro de 1911 - Nasce em Leopoldina, filho de Abilio José Barbosa e Maria Augusta de Matos.

Seu pai era natural de Piacatuba, onde nascera em 1874, filho de João Paulino Barbosa e Ana Joaquina de Jesus. João Paulino é nome de logradouro público de Leopoldina, no bairro São Cristóvão. Trata-se de família tracidional no município, especialmente no então distrito de Argirita, pelo qual João Paulino era eleitor em 1867. Em 1881, o avô paterno de Otacilio era proprietário de terras no distrito de Tebas.

A mãe de Otacilio também era de família pioneira no município, sendo filha de Simpliciano Garcia de Matos e Tereza Carolina de Almeida. Era neta materna de Joaquim Antonio de Almeida Ramos, um dos filhos do pioneiro Manoel Antonio de Almeida.

Otacilio foi casado com Gesuina de Jesus Oliveira mas não sabemos se deixou descendentes.

Otacilio Barbosa era irmão de Odilon Barbosa, tradicional comerciante da parte alta da rua Cotegipe, falecido em 1996.

Memórias Históricas sobre o Rio de Janeiro

Um trecho de Memórias Históricas sobre o Rio de Janeiro, do Padre Antonio Vieira, pode ser lido no volume 2, nr. 4, de 1813 de O Patriota, disponível no site da Brasiliana.

Música na produção de conhecimento

É sempre um prazer descobrir novos textos que sugerem alternativas para o ensino da história. Assim aconteceu com o artigo O uso das fontes históricas como ferramentas na produção de conhecimento histórico: a canção como mediador. Nele, Erica da Silva Xavier menciona a "possibilidade de se pensar a utilização da canção enquanto documento histórico durante as aulas, pois são produções culturais carregadas de significados, tanto de forma implícita, quanto explícita".
E não só pensando na prática de sala de aula, mas também na maneira como cada um de nós atua em sociedade, já que somos, cada um a seu modo, ensinantes e aprendentes, convidamos para a leitura do texto completo neste endereço.

Brasileiros pré-históricos faziam obras de arte com mortos

"A região central de Minas é famosa por ter abrigado uma gente cujas feições lembravam os atuais africanos e aborígines da Austrália, bem diferente do tipo físico dos índios atuais. É lá que foi achada a célebre Luzia, mulher mais antiga do continente, com mais de 11 mil anos. "

Vejam notícia sobre o trabalho do arqueólogo André Strauss

Desafios da Educação: multidisciplinaridade entre Literatura e História

O artigo de Raquel Alvarenga Sena Venera, Jonas Felisberto e Cristina Rachadel, disponível neste endereço, sugere um caminho para pensar o ensino no mundo contemporâneo.

"Este artigo é uma reflexão acerca dos cruzamentos multidisciplinares entre a Literatura e o Ensino de História levando em consideração o contexto contemporâneo da Educação no Brasil. Um momento em que o consumo da mídia não pode ser desconsiderado, bem como as demandas de um tempo furtivo recortado de informações em redes globais. Esse contexto que exige da cultura escolar a subjetivação de cidadãos críticos, conscientes e participativos demarca um local de ambiguidades entre o imaginário de redenção pela Educação e os limites do Estado. O Ensino de História responde a essas demandas a partir da interpretação das diferentes linguagens em sala de aula. Entre elas, a Literatura é o exemplo recortado neste artigo. O diálogo entre as várias áreas do conhecimento marca este tempo contemporâneo e aponta uma flecha para um futuro que se pretende – cidadãos com pensamentos múltiplos, autônomos, capazes de interpretar contextos e situações diversas."

Proteja seus documentos

No site do Arquivo Público do Estado de São Paulo podemos encontrar dicas preciosas para cuidarmos de nossos livros e documentos. 

Memória Histórica da Descoberta das Minas

Extrato de Manuscrito de Cláudio Manoel da Costa

Fontes Históricas

Muito interessante o Portal dia-a-dia da Educação do estado do Paraná. 
"As fontes escritas (cartas, discursos, leis, livros entre outros), foram, durante muitos séculos os únicos vestígios considerados legítimos para o historiador recuperar o passado. No entanto, desde os anos 1920, com a chamada "revolução documental" promovida pela Escola dos Annales, as fontes orais e iconográficas passaram a ter a mesma importância para a escrita da história.
Esta seção disponibiliza fontes históricas escritas reproduzidas em formato pdf. Essas informações podem ser utilizadas pelos professores como material de apoio em sala de aula."

Dia do Imigrante Italiano

Para marcar a data tão cara aos leopoldinenses, descendentes ou não de imigrantes italianos, convidamos para rever esta apresentação.Anderemo in Mèrica in Tel Bel Brasil

Eleotério e Manoel: centenário de nascimento

No dia 20 de fevereiro de 1911 nasceram em Leopoldina:

Eleotério, filho de Antonio Ramos e Amalia Lorenzetto 


Manoel, filho de Antonio Lucas de Andrade e Cassiana Francisca de Lacerda
 

Pensar bem por intermédio da assimilação e contextualização de conceitos

Foi através de mensagens de nossos leitores que surgiu a ideia de indicar bibliografia. Inúmeras vezes recebemos, de estudantes e professores, um pedido que já se tornou clássico: "envie tudo sobre a história de Leopoldina". Muitas vezes temos comentado: será que alguém imagina ser possível reunir toda a história em algumas folhas de papel ou num arquivo tão pequeno que possa ser enviado por e-mail? Outra: quem faz tal pedido tem intenção de conhecer o assunto ou apenas cumprir uma formalidade? Se é um professor ou professora quem faz o pedido, imagina-se que pretenda utilizar o material no preparo de suas aulas. Se é um aluno, o objetivo deve ser a leitura para subsidiar o texto que escreverá a pedido do professor.

Entretanto, muitas vezes temos tido oportunidade de observar que nossos correspondentes não conseguem interpretar os textos e optam por recortar e colar partes em seus trabalhos. Tal situação veio à mente ao final da leitura do artigo de André Wagner Rodrigues, disponível aqui. Com o subtítulo Considerações pertinentes para o ensino da História Atual, o autor declarou pretender trazer "para o debate acadêmico algumas preocupações e indagações de historiadores que percebem nos últimos tempos os efeitos negativos da influência dos meios-de-comunicação na formação das novas gerações".

Embora logo de início expresse a preocupação com "os efeitos da acronia (ausência de referência temporal) e atopia (ausência de referência espacial) produzidos pelos meios de comunicação de massa", no decorrer do texto o autor demonstra a preocupação com "a importância do ato de pensar bem", o que vem de encontro com a nossa questão.

Otavio dos Santos Carraro: centenário de nascimento

19 de fevereiro de 1911 - Nasce em Leopoldina, filho do italiano Antonio Sante Carraro e Erondina Angelica da Conceição. Neto paterno de Angelo Carraro e Giovanna Cancelliero.

Angelo Carraro deixou a Italia no final do ano de 1895, tendo chegado a Leopoldina no dia 4 de janeiro de 1896. Veio acompanhado da esposa e 8 filhos. O mais velho, Emilio Carraro, imigrara anteriormente e estava trabalhando na Fazenda Paraiso, de onde emitira, em setembro de 1895, uma ordem de pagamento em favor de seu pai que então residia em Dolo, provincia de Padova, no Veneto. 

Angelo, Giovanna e os outros filhos também trabalharam na Fazenda Paraíso, sob contrato com o proprietário Barão do Bonfim. Em 1897, Angelo já constava na lista de pagamentos da fazenda, sendo  meeiro na produção de café.

Os pais de Otavio casaram-se em Leopoldina no dia 30 de maio de 1908. No ano seguinte, Antonio Sante Carraro trabalhava na fazenda de Joaquim Ezequiel de Almeida Gama, município de Cataguases. No final da década de 1920, Erondina, Antonio Carraro e filhos saíram da região. Ele faleceu em 1950 em Campo Grande, Rio de Janeiro. Não temos informações sobre Otavio que hoje estaria completando 100 anos de idade.



Fontes de Referência:
RODRIGUES, José Luiz Machado e CANTONI, Nilza. Imigração em Leopoldina: História da Colônia Agrícola da Constança. Leopoldina-MG: EdVirt, 2010
Cartório de Registro Civil de Leopoldina, MG, lv 15 nr. 59
Arquivo da Diocese de Leopoldina, lv 13 bat fls 54 termo 336

O Indio virou pó de café?

É com prazer que apresentamos a Dissertação de Mestrado em Política e Sociedade apresentado ao programa de Pós-Graduação em História da Universidade do Estado do Rio de Janeiro por Marcelo San'Ana Lemos em 2004.

Com o subtítulo A resistência dos índios Coroados de Valença frente à expansão cafeeira no Vale do Paraíba - 1788-1836, o autor desenvolveu um estudo muito interessante sobre o "apagamento" dos indígenas na região.







João Pedro Bronzato: centenário de nascimento

18 de fevereiro de 1911 - Nasce em Leopoldina, filho de Giuseppe Bronzato e Rosa Ambrosi.
 
Em 1942 Dona Rosa residia no bairro da Onça, nas proximidades de onde fora a sede da Colônia Agrícola da Constança. Nascida em Verona, ela era filha de Pietro Ambrosi e Angela Bonfanti.

Giuseppe Bronzato e Rosa Ambrosi, acompanhados de um filho recém nascido, saíram de Verona em 1895 e em dezembro daquele ano foram registrados na Hospedaria Horta Barbosa, de onde saíram sob contrato com um fazendeiro de Santa Izabel, hoje Abaíba, distrito de Leopoldina.

Giuseppe e Rosa tiveram mais 5 filhos, nascidos em Leopoldina. Três deles uniram-se por matrimônio com as famílias Colle, Fofano e Sangalli.

De João Pedro, que hoje estariam completando 100 anos de idade, não temos notícias.

Registro de Terras

No dia 18 de fevereiro de 1856 foi aberto o livro que serviu para registrar as propriedades existentes na então Vila Leopoldina. Foram listadas 95 unidades urbanas e rurais e o último assentamento foi realizado no dia 20 de abril do mesmo ano.

Esta é uma das fontes de grande importância para o estudo da história de Leopoldina, podendo ser consultada no Arquivo Público Mineiro. Através dos registros descobre-se, por exemplo, que apenas um proprietário declarou possuir lavoura de café. Os demais, quando citam a atividade informam plantar milho. Esta informação já constava do levantamento populacional de 1831, demonstrando que além da agricultura de subsistência as fazendas tinham no milho a principal atividade econômica até o final da década de 1860.

Muitas outras análises podem ser feitas a partir do Registro de Terras, determinado pela Lei nº 601 de 18 de setembro de 1850. Embora as declarações não apresentem todos os dados prescritos, é possível encontrar nomes de propriedades, localização e data de aquisição. E uma curiosidade: diversas propriedades existentes no território de Leopoldina foram registradas em municípios vizinhos, inclusive em Santo Antônio de Pádua.

O Tempo e a Narrativa em História

"Os historiadores menos inovadores nos seus modos de escrever a história esquecem-se de que, ao elaborar o seu texto, eles mesmos são os ‘senhores do tempo’ – isto é, do seu ‘tempo narrativo’ – e de que não precisam se prender à linearidade cronológica e à fixidez progressiva ao ocuparem o lugar de narradores de uma história ou ao se converterem naqueles que descrevem um processo histórico. Se o texto historiográfico é como que um mundo regido pelo historiador, por que não investir no domínio de novas formas de dizer o tempo? Por que tratar o tempo sempre da mesma maneira, banal e estereotipada, como se estivéssemos tão presos a este tempo como os próprios personagens da trama histórica que descrevemos, ou como se fôssemos mais as vítimas do discurso do que os seus próprios criadores? Indagações como estas, naturalmente, implicam em considerar que a feitura do texto historiográfico se inscreve em um ato criativo destinado a produzir novas leituras do mundo, e não em um ato burocrático destinado a produzir um relatório padronizado que pretensamente descreveria uma realidade objetiva independente do autor do texto e de seus leitores."

José D’Assunção Barros
História, narrativa, imagens. Desafios contemporâneos do discurso historiográfico
Disponível em http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/antiteses/article/view/1426/1617

Aí está mais uma opção de leitura para os que se interessam pela escrita da história.

150 anos da Unificação Italiana

Convite para comemorações em Luca que podem ser acompanhadas pela internet.

Buon Compleanno Italia!
La Provincia di Lucca festeggia il 150° anniversario dell’Unità d’Italia

Cari amici e amiche italiani,

il prossimo 17 marzo 2011 verrà celebrato il 150° anniversario dell’Unità d’Italia. Ho pensato di scrivervi per condividere con tutti voi questa speciale ricorrenza che riguarda tutta la nostra Nazione e i cittadini italiani di tutto il mondo.

La Provincia di Lucca ha già avviato, a partire dall’anno 2010, una serie di iniziative per ricordare le imprese straordinarie e i protagonisti che hanno dato vita alla nostra unità ed identità nazionale.

Primo di questi eventi il convegno “Garibaldi: il mito e le forme nella pietra, sulla carta, nella memoria” svoltosi il 7 maggio 2010 a Palazzo Ducale, al quale ha partecipato Annita Garibaldi Jallet, pronipote dell’Eroe dei due Mondi.

L’amministrazione provinciale ha il privilegio di conservare la giubba rossa e il berretto del giovane garibaldino lucchese Tito Strocchi, così come conserva il Seggio Mordini, noto patriota risorgimentale e senatore della Repubblica originario di Barga, alcune lettere di Giuseppe Garibaldi e numerosi altri cimeli di pregevole valore storico in corso di recupero e valorizzazione ai fini della riapertura, prevista per l’anno 2011, del Museo del Risorgimento interamente restaurato.

Il 5 febbraio 2011 si è inoltre inaugurata a Palazzo Ducale la mostra dal titolo “Lungo la scia di un’elica” sulla migrazione lucchese ed italiana all’estero allestita in collaborazione con la Fondazione Paolo Cresci. Un’esposizione di grande forza evocativa, ricca di significato storico e sociale, visitabile fino al 1° maggio 2011. Una mostra dedicata soprattutto a voi, veri protagonisti dell’emigrazione italiana che con il vostro talento e il vostro lavoro avete sempre tenuto alto il nome dell’Italia all’estero.

L’amministrazione provinciale realizzerà inoltre la mostra “Il Risorgimento nel Cinema Italiano” in collaborazione con Viareggio Europa Cinema ed il Comune di Viareggio a partire dal prossimo mese di maggio e comprenderà manifesti, locandine, foto di scena, brochures, disegni, figurini, bozzetti, costumi. L’esposizione sarà accompagnata da una retrospettiva cinematografica sulle principali opere dei maggiori registi italiani che hanno raccontato per immagini le eroiche gesta risorgimentali.

Al fine di far partecipare i giovani è stato avviato il concorso scolastico “Un’immagine, una storia” in collaborazione con il Museo del Fumetto e il Comune di Lucca con cui gli studenti sono stati coinvolti nel ridisegnare gli accadimenti della storia italiana dall’unificazione nazionale ai nostri giorni.

E per approfondire le vicende storiche del Risorgimento, in collaborazione con l’Istituto Storico Lucchese, sono stati organizzati degli incontri con oltre 800 studenti di 12 diversi istituti secondari superiori del territorio provinciale.

Inoltre, il prossimo 16 marzo 2001 saranno aperte al pubblico le sale di Palazzo Ducale, sede dell’amministrazione provinciale, per poi proseguire i festeggiamenti in una lunga “Notte tricolore”, un momento di festa aperto a tutti cittadini che si svolgerà a piazza Napoleone a Lucca. Abbiamo pensato anche a voi e potrete vedere alcune immagini in diretta streaming via internet all’indirizzo web http://www.livestream.com/nottetricolorelucca (attivo a partire dalle 21:00 GTM +1 del 16 Marzo 2011) e in particolare seguire l’evento a sorpresa ideato per festeggiare il 150° anniversario dell’Unità d’Italia previsto per le ore 22,30 ore italiana dello stesso giorno 16 marzo 2011, durante tale diretta potrete intervenire online attraverso la chat del sito. Infine la giornata celebrativa del 17 marzo 2011 vedrà coinvolti i bambini e i giovani con giochi, esibizioni di sbandieratori e bande musicali nel centro storico di Lucca.

Il programma di iniziative dell’Amministrazione provinciale è consultabile sul sito istituzionale all’indirizzo web: www.provincia.lucca.it/presidente/italiaunita dove potrete anche inserire un vostro pensiero sull’Unità d’Italia e avere maggiori informazioni sugli eventi della Notte Tricolore.

Festeggiate insieme a noi il 150° anniversario dell’Italia unita!

Stefano Baccelli, presidente della provincia di Lucca

O livro didático de História no Brasil oitocentista

Com o subtítulo O instituto histórico e geográfico brasileiro e a formação da identidade nacional, Andre Mendes Salles aborda um assunto pouco comentado. Convidamos para a leitura neste endereço através do resumo a seguir.
"Este artigo pretende discutir a produção de livros didáticos de História do Brasil no período imperial brasileiro e sua ligação com a inventividade do sentimento nacional. Os autores desses manuais eram, em sua maioria, sócios do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) e/ou professores do Colégio Pedro II. Portanto, falavam de um lugar-social bastante específico, possuindo, muitas vezes, estreitas ligações com os poderes institucionais. Com as instabilidades da Regência, o IHGB assumiu a função de criar uma legitimidade para a unidade nacional. Assim, o livro didático de história pátria assume também esse papel, sobretudo junto à mocidade brasileira, estabelecendo, com isso, uma verdadeira “pedagogia do cidadão”."

Revista Bello Horizonte

A revista Bello Horizonte publicava conteúdo literário e noticioso. A publicação trazia contos, humor e reportagens sobre moda e sobre o Estado mineiro. O número 3 deste periódico circulou em setembro de 1933 e na página 13 saiu matéria sobre o artista Antonio Rocha, natural de São João del Rei, ali descrita como "um museu que a natureza vigia".
Aqui você pode ler este e outros números da Revista.

Sebastião Ferreira de Souza Lima: centenário de nascimento

Nasceu em Leopoldina no dia 11 de fevereiro de 1911, filho de Francisco de Souza Lima e Ana Ferreira de Almeida.

Anacronismo

"Desconhecer que as fontes do início do Brasil-República, ao mencionarem a palavra 'operário', tem em vista algo diferente do que hoje entendemos por um operário - isso é um Anacronismo. Acreditar que os romanos da época do primeiro saque de Roma (410 d.C) tinham o mesmo tipo de desespero que os americanos que vivenciaram a crise inspirada pelos atentados que destruíram o World Trade Center em setembro de 2001, isso seria anacronismo. Podemos até comparar contrastivamente estes eventos, mas não para confundi-los."

O parágro acima faz parte de uma postagem de José d'Assunção Barros neste endereço. Ele próprio sugere, sobre o Anacronismo, ver seu livro O Campo da História, cuja 8a edição acaba de sair pela Editora Vozes, de Petrópolis.

Indicamos esta leitura por acreditarmos ser necessário refletir sobre os riscos que corremos ao interpretar um fato do passado com o olhar do presente. Como, aliás, citou Marc Bloch em Apologia da História.

Tereza Gottardo: centenário de nascimento

Nasceu em Leopoldina no dia 8 de fevereiro de 1911, filha de Michele Arcangelo Gottardo e Vitalina Duana.

Livros importantes para um Historiador

Em agosto de 2010 Fabricio Leal de Souza publicou o resultado de uma pesquisa realizada com os leitores de seu blog sobre os livros indispensáveis na vida de um historiador.

1º. Apologia da História (Marc Bloch)

2º. Raízes do Brasil (Sérgio Buarque de Holanda)

3º. Casa-Grande & Senzala (Gilberto Freyre)

4º. Era dos Extremos (Eric Hobsbawm)

5º. História e Memória (Jacques Le Goff )

6º. Formação do Brasil Contemporâneo (Caio Prado Júnior) e O Queijo e os Vermes (Carlo Ginzburg)

7º. Domínios da História (Ciro Flamarion Cardoso)

8º. Mitos, Emblemas, Sinais (Carlo Ginzburg)

9º. A Escrita da História (Peter Burke), A Ideologia Alemã (Friedrich Engels), O Capital (Karl Marx) e Como se escreve a História (Paul Veyne)

10º. A Escola dos Annales (Peter Burke), A Escrita da História (Michel de Certeau), O Príncipe (Nicolau Maquiavel) e Passagens da Antiguidade para o Feudalismo (Perry Anderson)

Ainda que alguém discorde da ordem de preferência dos leitores do Fabrício, não se pode negar o valor das obras mais votadas.

Ampliando o conhecimento

Um trecho do Texturas do discurso histórico – apontamentos para um estudo da linguagem dos textos historiográficos latinos, de Leni Ribeiro Leite, publicado na Revista Alethéia de Estudos sobre Antigüidade e Medievo – Volume 2/2, Agosto a Dezembro de 2010, trouxe à memória uma questão que vem incomodando desde que lançamos o site em 1997.

Ao longo do texto, lembramo-nos da sensação de que o o famigerado "copiar e colar" teria tomado o lugar do pensar. Com alguma frequência chegam mensagens de leitores pedindo ajuda para realização de trabalhos acadêmicos. Infelizmente, na maioria das vezes o correspondente demonstra querer o trabalho pronto e acabado, ficando ao seu cargo apenas a colagem do conteúdo no trabalho que entregará ao professor.

Muitas vezes temos tido dificuldade de esclarecer ao estudante a necessidade de ler diversos autores sobre o assunto para que possa ter uma opinião e produzir seu próprio texto. Até de estudantes universitários já recebemos a alegação de que não há tempo para ler outros autores e, o que é pior, de que não conseguem compreender os considerados clássicos.

O artigo de Leni Ribeiro Leite menciona, entre outros aspectos, uma informação que parece ser desconhecida de muitos estudantes que nos consultam. Destacamo-la como um convite  à reflexão, por acreditar que se aplica a outras leituras.
Se a partir do século XIX a História deve analisar a história, no mundo romano o historiador era aquele que a contava. Algumas vezes, ele a analisa ao contá-la; mas enquanto o historiador do século XIX vê o passado como uma coleção de documentos que ele deve examinar racionalmente como as peças de um quebra cabeças, mantendo níveis adequados de assepsia, evitando a contaminação com o julgamento pessoal, os sentimentos, as paixões, o historiador antigo ignora tal concepção de verdade histórica, de trabalho com fontes, de impessoalidade. Isso não significa que ele se abstém de se perguntar acerca da veracidade dos eventos, mas os critérios para alcançar tal verdade são diversos: o testemunho concordante de autores predecessores em que se confie, a persistência de uma tradição oral sólida, a verossimilhança de atos e personagens; tais são, para o historiador antigo, as bases para a aceitação de um fato como verdadeiro.

O historiador antigo não usa notas de rodapé. Quanto a isso, diz Paul Veyne (Acreditaram os gregos em seus mitos? Lisboa: Ed. 70, 1987: 22-23): o hábito de citar autoridades não nasceu com a história, mas com as querelas do direito e da teologia. Os historiadores modernos propõe uma interpretação dos fatos e dão ao leitor os meios para verificarem as informações; os historiadores antigos verificam eles mesmos e não deixam tal trabalho ao leitor. Isso não quer dizer que eles não tivessem clareza da diferença entre fontes de primeira ou de segunda mão, por exemplo. Apenas eram detalhes que faziam parte de seu ofício, e não interessavam ao público leitor. Sabe-se que os historiadores romanos tiveram acesso não só aos relatos anteriores, mas também buscavam as fontes privadas, as laudationes funerarias, documentos públicos e os annales maximi. No entanto, esta busca pelas fontes era parte dos bastidores do texto historiográfico, que não devia mostrar em sua superfície este trabalho, sob pena de se considerar que o autor que buscava apoio em citações alheias o fazia por não ser bom escritor ele mesmo.

Conservação de Patrimônio Histórico

O Grupo Novo Caminho Novo se integra, cada vez mais, na luta pela preservação no entorno daquele que foi o principal acesso à região central das Minas. Vejam matéria sobre a Fazenda Ribeirão das Rosa.

Maria Oliveira Rocha: centenário de nascimento

Nasceu em Leopoldina no dia 1 de fevereiro de 1911, filha de Sebastião Lopes da Rocha e Maria Luiza de Oliveira.

Novo Caminho Novo

Os Anais do 1º Encontro de Pesquisadores de História e Geografia do Caminho Novo da Estrada Real estão disponíveis no blog.