Um texto publicado na semana passada despertou comentário interessante de um leitor. Para Alexandre Ferreira, "a tradição valorizada no antigo sistema de ensino é muito mais confortável, não exige que o aprendiz se esforce para compreender coisa alguma. Basta decorar, porque não se vai fazer coisa alguma com o que se aprende na escola". Por outro lado, argumenta o leitor, "o produto deste ensino é um ser quase não-pensante, que não pode construir conhecimento sobre um nada que lhe foi exigido para a prova. É um consumidor de soluções prontas, com forte tendência a desenvolver preconceitos de todos os tipos".
De fato, Alexandre, o que é diferente nos causa desconforto. Se nos defrontamos com algo diverso de uma verdade em que acreditamos, a tendência é rechaçar como inverdade. Nós acreditamos naquilo que foi construído em nossa socialização. Se não tivemos oportunidade de "vasculhar" um determinado tema, se nos foi imposta uma verdade absoluta e inquestionável, criaremos barreiras contra outras visões sobre o mesmo tema.
Você se ressente de preconceitos contra os imigrantes, seja no passado ou no presente. E agradece por apresentarmos informações sobre os colonos imigrantes porque, na sua opinião, a memória deles foi sepultada pelo desconhecimento. Optamos por agradecer seu comentário abrindo esta nova postagem principalmente porque, conforme sugere Benjamin, "os mortos não estarão em segurança se o inimigo vencer". Se perpetuarmos uma versão unicista sobre os nossos imigrantes, pespegando-lhes um determinado rótulo, estaremos contribuindo com mais uma pá de cal sobre o túmulo.
Entretanto, acreditamos que a ilusão do Grande Um é maniqueísta, ditatorial. O objetivo de publicar nossos estudos sobre os imigrantes é apenas apresentar a nossa versão, a conclusão que extraímos da escovação dos pelos desta história.
De fato, Alexandre, o que é diferente nos causa desconforto. Se nos defrontamos com algo diverso de uma verdade em que acreditamos, a tendência é rechaçar como inverdade. Nós acreditamos naquilo que foi construído em nossa socialização. Se não tivemos oportunidade de "vasculhar" um determinado tema, se nos foi imposta uma verdade absoluta e inquestionável, criaremos barreiras contra outras visões sobre o mesmo tema.
Você se ressente de preconceitos contra os imigrantes, seja no passado ou no presente. E agradece por apresentarmos informações sobre os colonos imigrantes porque, na sua opinião, a memória deles foi sepultada pelo desconhecimento. Optamos por agradecer seu comentário abrindo esta nova postagem principalmente porque, conforme sugere Benjamin, "os mortos não estarão em segurança se o inimigo vencer". Se perpetuarmos uma versão unicista sobre os nossos imigrantes, pespegando-lhes um determinado rótulo, estaremos contribuindo com mais uma pá de cal sobre o túmulo.
Entretanto, acreditamos que a ilusão do Grande Um é maniqueísta, ditatorial. O objetivo de publicar nossos estudos sobre os imigrantes é apenas apresentar a nossa versão, a conclusão que extraímos da escovação dos pelos desta história.