Os inquéritos do Ministério da Agricultura italiano, do final dos oitocentos, tem sido uma boa fonte de consulta para conhecer um pouco sobre as condições em que viviam os imigrantes que chegaram a Leopoldina no final daquele século. Numa tentativa de classificar a situação descrita nos relatórios a que tivemos acesso, observamos:
- Cereais, seda e lã estavam sofrendo concorrência dos preços baixos dos produtos importados;
- aumento de impostos;
- irrigação dificultada pelo alto custo da água;
- aumento do preço da mão de obra que se tornava escassa por causa da emigração;
- oferta de terrenos públicos para os contadini se tornarem pequenos proprietários;
- crédito agrícola dificultado pela usura.
Interessante notar que, considerados como causas da crise agrícola na Itália, estes fatores são mencionados em literatura como argumentos para as solicitações dos grandes proprietários no sentido de diminuir impostos. Mas os mesmos autores informam que a crise atingia mais fortemente os pequenos proprietários ou arrendatários e que por isto o trabalho dos lavradores contratados era pago com "salários de fome".