A moradia dos colonos

La Sicilia nel 1876, obra de Leopoldo Franchetti e Sidney Sonnino, é leitura muito interessante para compreender as condições de vida dos imigrantes que se dispuseram a deixar a terra natal em busca de melhores condições de vida.

Os autores realizaram extensa pesquisa para escrever sobre as condições políticas e administrativas da Sicilia. Em muitos momentos, chama a atenção a opinião manifesta sobre o tipo de moradia que acreditamos poder resumir com o seguinte trecho (pág. 312-313):

La questione delle abitazioni della classe povera e che vive del lavoro delle sue braccia, è una delle più gravi dell’epoca nostra, e che in Sicilia ha una urgenza speciale.


Aliás, todo o capítulo II é muito esclarecedor. Sob o título Abitazioni Rurali, os autores nos fazem refletir sobre os sonhos que possam ter nascido entre aqueles que, não podendo oferecer um mínimo de conforto aos seus familiares, optaram por um país chamado Brasil, tão distante e do qual provavelmente pouco sabiam.

Quando resumimos nossos estudos sobre a moradia na Colônia Agrícola da Constança, para publicar uma coluna a respeito, não poderíamos nos estender como gostaríamos. Entretanto, acreditamos que todos quantos se dedicam ao estudo da imigração italiana para o Brasil já tiveram oportunidade de considerar que nossas Colônias Agrícolas ofereciam mais conforto para aqueles italianos.

Em Leopoldina temos referência à família Marsola, da Sicilia, provavelmente radicada no distrito de Ribeiro Junqueira. Embora pouco saibamos sobre eles, queremos crer que tenham encontrado em nossa cidade uma "habitação conveniente" como queriam Franchetti e Sonnino.