Entre as informações recorrentes nas entrevistas com descendentes de imigrantes, algumas poderiam ser reunidas numa categoria denominada Lendas Familiares. Sabe-se que a transmissão oral e permanente de lendas está na base da tradição capaz de formar uma ideologia. Por este caminho é que tentamos compreender algumas falas.
Sabe-se que a História é construída de visões e perspectivas diversas. Cada um de nós recorre a uma série de informações para concluir sobre um fato. Em geral as conclusões estão sempre abertas a revisões que surjam a partir de novas informações. E assim tem sido no estudo da imigração em Leopoldina.
Reunindo-se estes dois pressupostos, e imaginando uma classificação dos temas das entrevistas, as Lendas Familiares de maior incidência podem ser reflexo de uma ideologia sobre a imigração entre as famílias que se transferiram para o Brasil. Pensando especificamente nos italianos, em que acreditavam quando se dispuseram a deixar seu país?
Para além de diversas outras posições, há um tipo de Lenda que interessa neste momento: a "certeza" de que a temporada no Brasil seria curta e voltariam à Itália com dinheiro suficiente para se estabelecerem como proprietários e não mais como empregados em latifúndios.
Há quem afirme que os candidatos a emigrar eram facilmente convencidos pela propaganda. Entretanto, alguns autores demonstram que a propaganda só surtiu efeito porque a cultura da emigração estava já presente no imaginário do italiano mais pobre. Tanto que, segundo um relatório de Geffcken, datado de 1889, desde a Unificação o italiano acreditava que sair de seu país era a solução para si e para a pátria que o receberia de braços abertos quando tivesse acumulado capitais trabalhando em terra estrangeira.
Sabe-se que a História é construída de visões e perspectivas diversas. Cada um de nós recorre a uma série de informações para concluir sobre um fato. Em geral as conclusões estão sempre abertas a revisões que surjam a partir de novas informações. E assim tem sido no estudo da imigração em Leopoldina.
Reunindo-se estes dois pressupostos, e imaginando uma classificação dos temas das entrevistas, as Lendas Familiares de maior incidência podem ser reflexo de uma ideologia sobre a imigração entre as famílias que se transferiram para o Brasil. Pensando especificamente nos italianos, em que acreditavam quando se dispuseram a deixar seu país?
Para além de diversas outras posições, há um tipo de Lenda que interessa neste momento: a "certeza" de que a temporada no Brasil seria curta e voltariam à Itália com dinheiro suficiente para se estabelecerem como proprietários e não mais como empregados em latifúndios.
Há quem afirme que os candidatos a emigrar eram facilmente convencidos pela propaganda. Entretanto, alguns autores demonstram que a propaganda só surtiu efeito porque a cultura da emigração estava já presente no imaginário do italiano mais pobre. Tanto que, segundo um relatório de Geffcken, datado de 1889, desde a Unificação o italiano acreditava que sair de seu país era a solução para si e para a pátria que o receberia de braços abertos quando tivesse acumulado capitais trabalhando em terra estrangeira.