Incompatibilidade em registros de nascimento e outros temas


Leopoldina, MG



Posted: 05 Jan 2012 10:57 AM PST
Artigo de Álvaro de Araujo Antunes e Marco Antonio Silveira
Resumo
O presente artigo tem por objetivo analisar algumas das relações estabelecidas entre a produção historiográfica, as práticas de pesquisa e as instituições museológicas tomando como referência o caso de Minas Gerais na primeira metade do século XX. Para isso, são recuperados aspectos concernentes ao debate historiográfico do período e à criação de instituições como o Arquivo Público Mineiro (1895) e o Museu da Inconfidência (1944). Por fim, são propostas algumas considerações sobre a constituição da memória nos dias de hoje.
Posted: 05 Jan 2012 02:40 AM PST
Conforme pode ser observado na postagem anterior, em que foram listadas as pessoas nascidas em Recreio no ano de 1912, o casal Olimpio Augusto de Lacerda – Rita Ferreira Brito aparece com duas filhas no mesmo ano: Nair, nascida no dia 29 de janeiro e Abigail no dia 12 de abril. Quando encontrei estes assentamentos, imaginei que seriam dois casais homônimos, situação não muito rara na região. Mais tarde, porém, verifiquei que era o mesmo casal. Então, onde está o erro?
A resposta pode ser a mesma para diversos casos de incompatibilidade de datas de nascimento ou casamento, bem como os diferentes nomes para uma só pessoa: registro civil diferente do religioso e/ou realizado muito tempo depois do evento, contando apenas com a memória.
No caso aqui observado temos uma situação mais complexa. No livro 15 de batismos que se encontra arquivado na secretaria paroquial da Igreja Menino Deus em Recreio, na folha 107 verso consta o batismo de Nair no dia 17 de março de 1912 e a informação de que nasceu no dia 29 de janeiro do mesmo ano. Já no livro 4 de nascimentos do Cartório de Registro Civil de Recreio, na folha 122 verso consta o registro de nascimento de Abigail, nascida no dia 12 de abril de 1912. Não foi encontrado o batismo de Abigail nem o registro civil de nascimento de Nair.
Algumas hipóteses possíveis:
a) as crianças nasceram em diferentes anos e houve erro por parte do padre ou do escrivão; ou
b) uma criança nasceu em janeiro e foi batizada em março com o nome de Nair, sendo o registro civil feito no mês seguinte, com o nome de Abigail; ou
c) a criança batizada em março era afilhada e não filha do casal.
Este é apenas um dos muitos casos que encontramos na pesquisa sobre as antigas famílias de Leopoldina. Assim como os outros, serviu de base para afirmarmos que o conceito de fonte primária deve ser olhado com reservas quando se refira a registros civis e assentos paroquiais. Preferimos classificar como fonte original, e não primária, aquela que tenha sido produzida em data mais remota, tendo o cuidado de confirmar se o que se tem em mãos é o original e não uma transcrição.
Posted: 04 Jan 2012 10:57 AM PST
Resumo
Este artigo é parte de um estudo histórico comparativo entre os caminhos coloniais e ferroviários de Minas Gerais. Neste texto são analisados aspectos ligados à economia e ao trabalho dos caminhos reais e das estradas de ferro: a construção e a conservação dos caminhos, o mundo do trabalho nas tropas e nas ferrovias, a intermodalidade dos transportes, a inovação tecnológica e empresarial representada pelas estradas e outros. Relações dos caminhos reais e das ferrovias com diversos setores da economia mineira também são apontadas, com destaque para a mineração e a pecuária. Mudanças e permanências são identificadas na história desses caminhos reforçando o caráter complementar de seus papéis e funções ao longo do tempo. Especial atenção é dedicada à Rede Ferroviária Federal S. A. (RFFSA), empresa que comemora este ano seu cinqüentenário (1957-2007) e que operou parte significativa da malha ferroviária do Estado de Minas Gerais.
Leia o artigo de Helena Guimarães Campos na íntegra.