Leopoldina, MG
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Posted: 12 Feb 2012 04:36 AM PST
Francisco Ferreira Brito casou-se, antes de 1859, com Messias Rodrigues Gomes, filha de Antonio Rodrigues Gomes (filho) e Rita Esméria de Almeida. O sogro de Francisco foi, seguramente, um dos primeiros moradores do Feijão Crú. Em 1829 comprou parte das sesmarias concedidas a Fernando Afonso Correia de Lacerda e Jerônimo Pinheiro de Lacerda em 1817. Em 1856 a fazenda formada por Antonio Rodrigues Gomes tinha o nome de Águas Vertentes e ocupava terras hoje divididas entre Ribeiro Junqueira e Recreio.
A sogra de Francisco Ferreira Brito era filha do "comendador" Manoel Antonio de Almeida, um dos povoadores pioneiros de Leopoldina. Temos, portanto, mais um exemplo de que as famílias se reorganizavam pelo casamento de seus descendentes. Neste caso, recordemos que o pai de Francisco era neto paterno de Manoel Ferreira Brito e Maria Teresa de Jesus, sendo sobrinho-neto de Joaquim Ferreira Brito, outro pioneiro de Leopoldina.
Ao casar-se, o dote da esposa de Francisco Ferreira Brito foram terras da grande fazenda de Antonio Rodrigues Gomes, na qual o novo casal formou a Fazenda da Boa Vista, vendida em 1871 para Vicente Rodrigues Gomes. Entretanto, por esta época o casal residia na Fazenda das Laranjeiras, vizinha da Boa Vista e também da Bocaina, a primeira de propriedade dos herdeiros de Antonio Rodrigues Gomes e a segunda dos filhos e netos de Manoel Ferreira Brito.
Comparando-se os diversos documentos encontrados, conclui-se que Manoel Ferreira Brito ocupou terras que vieram a pertencer ao Distrito de Conceição da Boa Vista, na divisa com o atual distrito de Ribeiro Junqueira. Teria sido, portanto, vizinho de Antonio Rodrigues Gomes (filho).
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Posted: 11 Feb 2012 01:19 PM PST
Construindo BiografiasTivemos oportunidade de observar relações de parentesco ou compadrio entre quase todas as famílias que iniciaram a ocupação sistematizada de nossa região. No nosso entender, isto aponta para a pré-existência de uma determinada cultura concernente àquele grupo, resultando em tentativas de reconstruir, nas terras do Feijão Cru, o ambiente do qual provinham. Lembra-nos Benito Bisso Schmidt, em Construindo Biografias (Rio de Janeiro, Revista de Estudos Históricos, n. 19, 1997), que as articulações entre a vida pública e a vida privada explicam e justificam o desenrolar dos acontecimentos que se pretenda resgatar com grande distância no tempo. Por esta razão, Schmidt cita Christopher Hill quando sugere incorporar os acontecimentos da época em que o biografado viveu.
Para uma contextualização mais detalhada, torna-se necessário remontar à história de Leopoldina por diversas razões. Uma delas é o fato de que muitos dos antigos moradores de Recreio chegaram na região junto com os povoadores pioneiros daquela cidade, sendo com eles aparentados. A outra razão, que inscrevemos entre as principais, é a subordinação político-administrativa do território. Entretanto, para não sermos repetitivos, sugerimos que o leitor consulte o site www.cantoni.pro.br se desejar conhecer detalhes da história de Leopoldina. Aqui neste espaço, chegamos à década de 1850 com documentos um pouco mais abundantes. Sabemos que desde 1831 o serviço religioso houvera sido iniciado no Feijão Cru. Além das atividades estritamente religiosas, era na Igreja que se realizavam muitos atos da vida civil, como as reuniões políticas e o alistamento eleitoral. Assim, as famílias de Recreio precisavam deslocar-se com alguma freqüência para Leopoldina. Mas sabemos também que em 1834 fora constituído o patrimônio de Nossa Senhora da Piedade, o atual distrito de Piacatuba, que passou a atender parte das demandas dos moradores que não estavam tão próximos da sede. No outro extremo geográfico, nasceu o Curato de Nossa Senhora da Conceição da Boa Vista, cuja data oficial de criação do Distrito é o ano de 1851. Em 1854, com a elevação do Feijão Cru a vila e cidade, a Piedade e Conceição da Boa Vista passaram formalmente ao comando de Leopoldina, muito embora saibamos que de há muito operava-se tal vínculo. |
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