Gilberto Freyre e a Nova História


Leopoldina, MG



Posted: 03 Jan 2012 08:05 AM PST
Tradução de Pablo Rubén Mariconda
RESUMO: O ponto de partida deste artigo é uma série de semelhanças entre a ‘nova história’ associada aos Annales e a história social, psico-história ou antropologia histórica de Gilberto Freyre; semelhanças que vão desde um interesse pela cultura material (alimentação, vestimenta e habitação) até um interesse pelas mentalidades e pela história da infância, tema que preocupou Freyre antes da publicação de Casa-grande & senzala. Estas semelhanças de abordagem foram reconhecidas tanto por Febvre como por Braudel quando descobriram a obra de Freyre no fim dos anos 30. Freyre, no entanto, não estava imitando o Annales e nem
Febvre ou Braudel o estavam imitando. Freyre aprendera seu estilo interdisciplinar na Universidade Columbia, um centro do movimento americano da ‘nova história’ no início do século. Por outro lado, assim como Febvre, Freyre também admirava Michelet. Já a ‘história íntima’ de Freyre é, em algum grau, devedora da Histoire Intime praticada pelos irmãos Goncourt, uma história cuja importância para a história da historiografia ainda não foi suficientemente reconhecida.
Posted: 03 Jan 2012 03:47 AM PST
Artigo de Marisa Augusta Ramos publicado na Revista Eletrônica Cadernos de História, vol. V, ano 3, n.º 1. Abril de 2008.
Resumo
O século XIX foi marcado pela presença de naturalistas viajantes no Brasil, dentre eles os alemães Joahnn Baptist Ritter Von Spix e Carl Friedrich Philip Von Martius. Este trabalho tem como proposta analisar as observações sobre Minas Gerais, feitas pelos dois naturalistas no início de século XIX, uma vez que constituem importante testemunho histórico. Serão abordadas especificamente as observações referentes ao sertão mineiro. Em seus relatos os dois viajantes refletem as concepções do século XIX, marcadas pelo paradoxo entre litoral e sertão que estiveram presente no processo de construção da nação brasileira.