O mês de abril é muito caro aos leopoldinenses. Além do aniversário da emancipação político administrativa no dia 27, não devemos nos esquecer da criação da Colônia Agrícola da Constança no dia 12. Mas há um outro aspecto que parece estar esquecido: no dia 22 de abril de 1818 foi requerida uma sesmaria, cuja concessão foi assinada no dia 2 de maio seguinte. Sua localização foi assim descrita: nas Margens do Rio Paraíba, no caminho do Cantagalo, além das Serras Bonita ou pelos lados do mesmo caminho, ou no Ribeirão do Limoeiro ou Conceição, Termo de Barbacena.
Aparentemente não haveria novidade nesta concessão, já que outras cartas, anteriores e posteriores, referem-se à mesma localização. Se mencionarmos o nome do beneficiado nesta data, certamente alguém dirá que outros familiares deste personagem já haviam sido contemplados com terras próximas.
Qual a razão, então, para destacarmos as terras ganhas por José Maria Monteiro de Barros, conforme códice SC 377, folha 105, disponível no Arquivo Público Mineiro?
Ocorre que tal sesmaria parece ter permanecido sem ocupação oficial até por volta de 1834, sendo então transferida pelo beneficiário para seu irmão Antonio José Monteiro de Barros que mudou-se para Leopoldina e, após negociar outras terras vizinhas, ali formou a Fazenda Paraíso.
Muito ainda se há de pesquisar sobre esta propriedade. Mas na semana em que a cidade de Leopoldina se prepara para comemorar mais um aniversário, optamos por lembrar que a Fazenda Paraíso representa, na história da nossa cidade, um modelo da passagem de um sistema considerado por alguns como pré-capitalista para uma nova forma de exploração agrícola, com destaque para o controle da produção e para as relações de trabalho.
Desde a década de 1860 a fazenda fazia parte do patrimônio de Jerônimo José de Mesquita, mais tarde Barão e depois Conde de Mesquita, pai de José Jerônimo de Mesquita, posteriormente Segundo Barão de Bonfim. José Jerônimo viveu algum tempo na fazenda com suas irmãs Jerônima, Francisca e Elisa, sob os cuidados do casal Antonia e Domiciano Monteiro de Castro, prestadores de serviço ao Barão de Mesquita. Após a conclusão do inventário do pai a propriedade passou à administração do filho José Jerônimo, que durante 9 anos a manteve sob o mesmo regime. Com sua morte em 1895, a viúva Maria José Vilas Boas de Siqueira assumiu o comando da propriedade.
Mas esta é outra história que, como dissemos, ainda carece de pesquisas mais detalhadas. Neste momento nosso objetivo é lembrar que este marco da história de Leopoldina tornou-se oficialmente propriedade particular no longínquo maio de 1818.
Aparentemente não haveria novidade nesta concessão, já que outras cartas, anteriores e posteriores, referem-se à mesma localização. Se mencionarmos o nome do beneficiado nesta data, certamente alguém dirá que outros familiares deste personagem já haviam sido contemplados com terras próximas.
Qual a razão, então, para destacarmos as terras ganhas por José Maria Monteiro de Barros, conforme códice SC 377, folha 105, disponível no Arquivo Público Mineiro?
Ocorre que tal sesmaria parece ter permanecido sem ocupação oficial até por volta de 1834, sendo então transferida pelo beneficiário para seu irmão Antonio José Monteiro de Barros que mudou-se para Leopoldina e, após negociar outras terras vizinhas, ali formou a Fazenda Paraíso.
Muito ainda se há de pesquisar sobre esta propriedade. Mas na semana em que a cidade de Leopoldina se prepara para comemorar mais um aniversário, optamos por lembrar que a Fazenda Paraíso representa, na história da nossa cidade, um modelo da passagem de um sistema considerado por alguns como pré-capitalista para uma nova forma de exploração agrícola, com destaque para o controle da produção e para as relações de trabalho.
Desde a década de 1860 a fazenda fazia parte do patrimônio de Jerônimo José de Mesquita, mais tarde Barão e depois Conde de Mesquita, pai de José Jerônimo de Mesquita, posteriormente Segundo Barão de Bonfim. José Jerônimo viveu algum tempo na fazenda com suas irmãs Jerônima, Francisca e Elisa, sob os cuidados do casal Antonia e Domiciano Monteiro de Castro, prestadores de serviço ao Barão de Mesquita. Após a conclusão do inventário do pai a propriedade passou à administração do filho José Jerônimo, que durante 9 anos a manteve sob o mesmo regime. Com sua morte em 1895, a viúva Maria José Vilas Boas de Siqueira assumiu o comando da propriedade.
Mas esta é outra história que, como dissemos, ainda carece de pesquisas mais detalhadas. Neste momento nosso objetivo é lembrar que este marco da história de Leopoldina tornou-se oficialmente propriedade particular no longínquo maio de 1818.
Acima os trechos inicial e final da Carta Concessória