"A história de um militante anarquista como Avelino Fóscolo implicava a reflexão sobre a lógica específica da história, instigava a abordagem do papel do sujeito na história e me colocou frente a frente com o tema da criação. "
Continuando a leitura da Revista História da Historiografia, de setembro de 2010, encontrei este outro texto muito interessante. A autora, Regina Horta Duarte, declara que "a lógica histórica, o sujeito e a criação são como três fios" que sustentaram suas pesquisas. E sua escrita é envolvente. Seja quando informa que a trajetória do personagem Fóscolo mostrou-lhe ser possível "privilegiar simultaneamente a necessidade e a contingência, a continuidade e a mudança, a repetição e a diferença, o instituído e o instituinte" ou quando conclui declarando:
"Disciplina que se situa entre os vivos e os mortos, entre o passado e o presente, a história nos possibilita nos diferenciar daqueles que nada mais podem fazer. Enfim, estamos vivos. Essa constatação é fonte de alegria e, nela, o devir se apresenta como tempo de ação, de usufruto das possibilidades disponíveis e de instituição social-histórica."O artigo Lógica histórica, sujeito e criação: temas de pesquisa na história do Brasil, século XIX e XX está disponível neste endereço.