Os pesquisadores e os arquivos

Todos nós, pesquisadores não profissionalizados, já nos deparamos com situações inadequadas quando visitamos alguns centros de documentação. Seja o arquivo de uma Câmara Municipal, um Arquivo Paroquial ou acervos particulares, não é raro encontrarmos pessoas responsáveis pela guarda e manuseio que demonstram falta de preparo para a função. Não nos cabe discutir as causas. Entretanto, cada um de nós pode contribuir, no mínimo, para a reflexão daqueles que nos atendem nestes locais.

Quantas vezes você, que lê esta postagem, já encontrou documentos municipais empilhados num porão? E por acaso já foi atendido por uma pessoa que molhava os dedos na língua para folhear um raro livro do Cartório de Notas? Ou encontrou Atas de uma Irmandade do século XVII  'remendadas' com fita adesiva?

Se já passou por isso, teve oportunidade de conversar com quem lhe atendia? Por acaso descobriu que documentos fundamentais para a sua pesquisa estavam sob os cuidados de pessoas simples, que ali cumpriam a jornada de trabalho com dedicação mas sem nenhum conhecimento sobre a melhor forma de tratar o acervo?

Se você já teve tal tipo de experiência, está convidado a pensar no que cada um de nós pode fazer para mudar este estado das coisas. Que tal seguir, por exemplo, o twitter do Arquivo do Estado de São Paulo e retuitar as dicas que eles publicam? Se você ajudar a disseminar as informações, muitas outras pessoas poderão se interessar pelo assunto e o conhecimento chegará não só aos abnegados que trabalham em arquivos esquecidos pelo poder público, mas também aos que podem efetivamente promover a mudança.