Carminatti

A família chefiada por Giovanni Carminatti embarcou em Genova e aportou no Rio de Janeiro no dia 3 de abril de 1896, sendo transferida para a Hospedaria Horta Barbosa em Juiz de Fora, onde foi registrada no dia 05 de abril. Dali partiram, no dia 20 de abril, contratados por Joaquim Pereira de Sá para trabalharem em sua fazenda de Roça Grande, São João Nepomuceno, MG.

O vapor Colombo, nesta viagem, transportou 1002 passageiros na 3ª classe com destino ao Rio de Janeiro, sendo 904 contratados pelo Governo do Estado de Minas, com despesas pagas pelo Estado. Além dos 98 imigrantes espontâneos, consta do manifesto que outros 385 passageiros destinavam-se ao porto de Santos.

Giovanni Carminatti e sua esposa Angela Pagano chegaram ao Brasil acompanhados dos filhos Dalva, Guglielmo, Arturo, Gregorio e Pietro Silvio. Segundo o documento de desembarque, todos eram naturais de Ghisalba, Bergamo, Lombardia. Já morando na região de São João Nepomuceno nasceram os filhos Assunta, Belmira e Conceição.

Há indicações de que a família tenha vivido em território do atual município de Argirita, que na época era distrito de Leopoldina com o nome de Rio Pardo. Porém, em nossas buscas por documentos em Argirita nada foi encontrado.

Por informações de descendentes soubemos que, em 1909, em Argirita, Dalva Maria Carminatti casou-se com Virgilio Gruppi, procedente da Bologna, Emilia Romagna, filho de Cesare Gruppi e Enrica Bertuzi. A mesma fonte informa, também, que o casal faleceu em São João Nepomuceno, sendo que o óbito de Virgilio ocorreu em 1961 e Dalva teria falecido em 1970.

Foram filhos de Dalva e Virgilio: Genésio, Hélia, Helio, Ida, Onésimo, Sebastião, e Ivo Gruppi, sendo que este último nasceu em Piacatuba, também distrito de Leopoldina.

De um outro filho de Giovanni Carminatti e Angela Pagano, Pietro Silvio Carminatti, descobrimos referências em um trabalho de resgate histórico de Argirita, compilação realizada pela Biblioteca Municipal. E embora a data de nascimento ali esteja registrada como 29 de junho de 1894, acreditamos que o ano tenha sido 1895 porque Pietro contava 7 meses no desembarque. De todo modo, Pietro deixou Roça Grande, o distrito de São João Nepomuceno onde seus pais moravam inicialmente, e radicou-se em Argirita onde faleceu no ano de 1969. Foi casado com Maitana Lopes.

A ligação dos Carminatti com a Colônia Agrícola da Constança está ainda em aberto. Pelos Relatórios da Colônia descobrimos que Giovanni Carminatti candidatou-se ao financimento dos lotes 58 e 59, deles tomando posse em junho de 1910. Mas depois desta data não encontramos referências à presença dos Carminatti naquele núcleo agrícola.