Dois fatores principais contribuíram para a imigração italiana. O primeiro deles estava lá na Itália. Era a miséria que assolava algumas regiões rurais do norte do país, agravada pelas intempéries e pela chegada do capitalismo no meio rural, responsável pela concentração das terras nas mãos de grandes proprietários. Tais problemas acabaram por obrigar a migração para outras regiões ou para a América.
O segundo fator estava do lado de cá do Atlântico. A necessidade, de colonizar o Brasil e, de substituir a mão de obra escrava, levaram o governo brasileiro a incentivar e até financiar a vinda de colonos. E a propaganda, feita na Itália, de que aqui existia terra fértil e barata, foi a chave para o grande fluxo.
Assim, "fazer a América" (fare l’america), como se dizia, virou o sonho daqueles italianos.
Para se ter uma idéia do vulto dessa migração, segundo Thomas Sowell, citado por Rosalina Pinto Moreira, historiadora da cidade de Astolfo Dutra, no seu livro "Imigrantes ....Reverência"(pág. 24), "doze milhões de italianos emigraram, principalmente para as Américas, no maior êxodo de um povo na história moderna".
O espírito reinante na época bem se define na despedida deles da Itália:
"Nós, italianos trabalhadores, alegres partimos para o Brasil, e vós que ficais, ó donos da Itália, trabalhai empunhando a enxada, se quereis comer !"
Uma longa história e muito cara aos imigrantes de Leopoldina.