Leopoldina, MG

Leopoldina, MG


Registro de Terras

Posted: 18 Feb 2015 08:44 AM PST

No dia 18 de fevereiro de 1856 foi aberto o livro que serviu para registrar as propriedades existentes na então Vila Leopoldina. Foram listadas 95 unidades urbanas e rurais e o último assentamento foi realizado no dia 20 de abril do mesmo ano. Esta é uma das fontes de grande importância para o estudo da história de Leopoldina, podendo ser consultada no Arquivo Público Mineiro.

Através dos registros descobre-se, por exemplo, que apenas um proprietário declarou possuir lavoura de café. Quando os demais citaram a atividade desenvolvida em suas terras, informaram plantar milho. Isto já se observara no levantamento populacional de 1831, demonstrando que, além da agricultura de subsistência, as fazendas tinham no milho a principal atividade econômica até o final da década de 1850.

Muitas outras análises podem ser feitas a partir do Registro de Terras determinado pela Lei nº 601 de 18 de setembro de 1850. Embora as declarações não apresentem todos os dados prescritos, é possível encontrar nomes de propriedades, localização e data de aquisição. E uma curiosidade: diversos proprietários de Leopoldina fizeram o registro em municípios vizinhos, inclusive em Santo Antônio de Pádua. Neste caso, trata-se das fazendas que estavam localizadas nas proximidades da divisa com a província do Rio, ou seja, no então distrito de Conceição da Boa Vista. Para saber um pouco mais sobre a questão dos limites entre as províncias, naquela região, leia aqui.

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Libertação de Escravos em Leopoldina

Posted: 18 Feb 2015 06:28 AM PST

Na década de 1880, o processo de libertação de escravos vinha tomando corpo no município de Leopoldina. Além das determinações testamentárias neste sentido e das emancipações remuneradas, também ocorriam manumissões voluntárias. Conforme se verifica no recorte abaixo, no jornal O Leopoldinense de 18 de fevereiro de 1883, na primeira página foram publicadas duas notas sobre o assunto.

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Conheçamos a Nossa Terra

Posted: 18 Feb 2015 04:31 AM PST

Há 100 anos, no dia 18 de fevereiro de 1915, saiu no jornal Correio da Manhã, do Rio de Janeiro a matéria mandada publicar pela administração municipal de Leopoldina, exaltando as riquezas, a economia e a educação. Entretanto, chama a atenção o subtítulo:

Conheçamos a Nossa TerraPara os interessados em conhecer como Leopoldina era na época, lembramos que embora indicando “o município” no subtítulo, o conteúdo da matéria longe está de abrangê-lo como seria de se esperar.

Conheçamos a nossa terra: primeira parte

Talvez o termo “município”, para o político que estava no poder naquela época, significasse apenas o conjunto das propriedades da sua família com as escolas por eles administradas, o comércio que julgavam de boa qualidade, as construções por eles levantadas através da empresa construtora de sua propriedade…

Para quem se dedica ao estudo da história de Leopoldina, esta matéria é um exemplo claro da interferência de seu produtor, que atua segundo as práticas sociais de seu tempo, e de interesses que jamais podem ser considerados universais. Não é, como de resto nenhuma outra, uma fonte é isenta.

A continuação da matéria reafirma esta constatação.

Conheçam a Nossa Terra: final

A divulgação desta fonte de informação atende a um dos objetivos deste blog: suscitar uma reflexão sobre a história de Leopoldina e incentivar outras pessoas a pesquisá-la. Nesta postagem, trouxemos um exemplo de como era realizada a campanha política de um leopoldinense que se elegeu para cargos fora do âmbito regional. Eximindo-se de abordar o município como um todo, deixou de informar ao leitor que havia mazelas carentes da atenção do poder público. Mas isto não seria adequado divulgar. Era necessário mostrar apenas os pontos positivos, de modo a garantir a permanência do político no poder.

Mudou alguma coisa em relação aos discursos dos políticos atuais?

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Primeiro livro de Batismos

Posted: 18 Feb 2015 01:42 AM PST

No dia 18 de fevereiro de 1855 foi aberto o Primeiro Livro de Batismos, com o assento relativo a Cristina, filha de Francisco de Vargas Corrêa e Venância Esméria de Jesus, neta paterna de Francisco de Vargas e Teresa Maria de Jesus e neta materna de Antonio Rodrigues Gomes e Rita Esméria de Almeida. Há, porém, uma questão ainda não solucionada sobre este assento. Segundo a lápide do túmulo de Cristina, ela nasceu aos 21 de janeiro de 1853. Teria sido um engano da época do óbito, em 1907?

 Batismo de Cristina Vargas Neto

Lápide do túmulo de Cristina Vargas NetoLápide do túmulo de Cristina Vargas Neto

Quando se procura pelos primeiros livros de batismos em Leopoldina, verifica-se que o volume tido oficialmente como número 1 é uma transcrição iniciada pelo Padre José Francisco dos Santos Durães no dia 10 de abril de 1885 e concluída pelo Cônego José Ribeiro Leitão aos 28 de dezembro de 1958. O original não foi preservado e as datas demonstram que o trabalho não parece ter sido realizado com os devidos cuidados. Neste volume não há referência ao Termo de Abertura do original e o primeiro batismo é de 1852, de uma criança da família Monteiro de Barros. Os seis assentos seguintes, na mesma página, são de batismos dos anos de 1861, 62 e 63. No verso, o primeiro é de 1863 e a seguir vem a transcrição do batismo de Cristina, acima citado, acrescentando que ela teria nascido em dezembro de 1854.

A propósito, esclareça-se que os batismos realizados ao tempo do Curato de São Sebastião do Feijão Cru ainda não foram localizados.

 

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