Leopoldina, MG

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150 anos de Moysés de Rezende Montes

Posted: 12 Dec 2017 01:22 AM PST

Nascido no dia 12 de dezembro de 1867, Moysés era filho de Tereza Joaquina de Jesus e José de Rezende Montes, sendo neto paterno de Bernardo José Gonçalves Montes e Maria Antonia de Jesus. Este casal é constantemente citado em nossos trabalhos por constituir, provavelmente, a primeira família moradora do território que mais tarde formaria o Curato de São Sebastião do Feijão Cru. Isto porque, ao casar-se em Prados, no dia 18 de setembro de 1822, Bernardo tomou posse do dote recebido de seu sogro, Antonio Francisco Coelho, constando de duas sesmarias oficializadas por Carta de 1818. Uma destas sesmarias foi mais tarde vendida a Antonio José Monteiro de Barros que nela formou a Fazenda Paraíso e, no início do século seguinte, uma parte integrou a Colônia Agrícola da Constança.

Bernardo e Maria Antonia trocaram parte das terras por outras nas proximidades do atual povoado de São Lourenço, onde formaram a Fazenda Sossego

Moysés casou-se com Baldoina Brasilina de Oliveira, filha de João Salustiano de Oliveira e Inacia Presciliana de Rezende.

Moysés e Baldoina tiveram, pelo menos, dez filhos nascidos em Leopoldina: Maria das Dores (1893), Ercilia (1895), Aristóbolo (1898), Julieta (1900), Francisca (1902), Irineu (1908), Luiza (1911), Geraldina (1914), Mogarino (1916) e Dinalda (1919)

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90 – Savino # Sabino – De Ispani para o Brasil – Parte II

Posted: 06 Dec 2017 02:37 AM PST

Conforme prometido no artigo anterior, a imigração de Ispani para o Brasil continua para falar um pouco mais sobre alguns imigrantes que vieram para Leopoldina.

Na consulta aos informativos do Centro Internazionale Studi Emigrazione Italiana para o período objeto deste estudo e observou-se que entre 1878 e 1882 a Campania aparecia com o maior número de expatriados, numa avaliação das províncias do sul e das ilhas italianas.

Considerando que as poucas informações de fonte oral obtidas indicam origem rural do grupo de interesse para este trabalho, foram procurados indicadores das atividades econômicas e condições de moradia da região de origem.

Segundo Fondi(1) e Taruffi et all(2), o tipo de habitação rural na Campania era uma espécie de cabana circular de paredes construídas com pedras e tijolos de argila e esterco, cobertas de palha. O telhado era sustentado por pedra calcária. Em geral, as casas eram divididas em dois ambientes: num deles dormia a família inteira e no outro, os porcos e galinhas.  As paredes eram escuras, mal rebocadas e sujas. O chão era de terra batida. Raros móveis e algumas caixas de madeira compunham o ambiente.

Quanto à dieta, Alvim(3) informa que era composta de pão de farinha de cevada ou centeio com verduras ou cebolas cruas. E neste quadro de penúria eles valorizavam, fundamentalmente, a posse da terra, ainda que exercessem profissões pouco especializadas nos núcleos urbanos mais próximos da moradia no campo.

Diante do quadro, não é difícil compreender o fascínio que lhes despertou a hipótese de se tornarem proprietários de uma gleba num país distante onde não faltava alimento, teto e religião. Mesmo aqueles que já se haviam proletarizado nas periferias dos centros urbanos, como operários de fábricas, sonhavam retomar seu modo de vida rural, dentro da estrutura familiar a que estavam habituados.

Os italianos que chegaram ao Brasil entre o final da década de 1870 e o início da seguinte aportaram num país que não tinha políticas de imigração bem delineadas e a introdução podia ser feita por conta do governo federal, dos governos provinciais ou mesmo de particulares.

Em Minas Gerais a administração central não tinha recursos.  Os primeiros tempos foram repletos de problemas de toda ordem.  A maioria não pensava em se fixar aqui, mas em conseguir algum dinheiro e voltar ao seu país. Esta ansiedade se reflete na trajetória de grupos que não paravam em fazenda alguma, sempre em busca de melhores salários.

Por outro lado, aos fazendeiros não interessava arcar com as despesas de transporte dos imigrantes para sua propriedade sem garantir que lá permaneceriam. Donde surgiram procedimentos que visavam cercear a liberdade dos colonos e que, muitas vezes encontrou forte reação entre eles. O mais comum era o imigrante abandonar a fazenda e pegar a estrada sem destino bem definido. Com a ampliação da malha ferroviária pela zona da mata sul, contam-se inúmeros casos de famílias que passavam poucos meses na fazenda e logo estavam de volta à estação, buscando embarque para outro destino.

Segundo Trento(4), Minas Gerais era a terceira área em ordem de importância dentre as atingidas pela emigração peninsular. Entretanto, somente em 1887 o governo mineiro começou a incentivar a imigração. Até 1893, os viajantes tinham que reembolsar 2/3 da passagem.

Trento lembra que a ocupação dos imigrantes que se dirigiram para a Corte e a província fluminense era diferente da ocorrida em Minas Gerais. Segundo ele, para o Rio de Janeiro vieram meridionais, principalmente das províncias de Cosenza, Potenza e Salerno, e, em número menor, de Nápoles, Caserta e Reggio Calábria.

A proximidade de Leopoldina com a província fluminense permite suspeitar que alguns imigrantes destinados ao Rio de Janeiro atravessaram o Paraíba do Sul e se estabeleceram no município que, na época, destacava-se no cenário regional. Seria o caso dos Eboli, Pagano, Savino e Tambasco, cuja entrada no país ainda não está completamente esclarecida.

É de Angelo Trento a afirmação de que a maior parte dos italianos meridionais dedicava-se ao comércio ambulante das mais variadas mercadorias, incluindo itens de vestuário, alimentação e ferramentas. E informa que em 1874 o comércio ambulante aparecia como a principal atividade dos italianos, seguida das função de engraxate, amolador, sapateiro, jardineiro, marceneiro e barbeiro.

A próxima viagem do Trem de História trará um dos italianos do grupo acima citado. Até lá!


Fontes Consultadas:

1 – FONDI, Mario. La Casa Rurale nella Campania. v.23 s.l.: L.S.Olschki, 1964.

2 – TARUFFI, Dino; NOBILI, Leonello de; VILLARI, Pasquale. La questione agraria e l'emigrazione in Calabria. Firenze: G. Barbèra, 1908.

3 – ALVIM, Zuleika. Imigrantes: a vida privada dos pobres do campo. In: SEVCENKO, Nicolau (org.) História da vida privada. v.3. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.

4 – TRENTO, Angelo. Do outro lado do Atlântico – um século de imigração italiana no Brasil. São Paulo: Nobel, 1988.

Luja Machado e Nilza Cantoni – Membros da ALLA

Publicado na edição 343 no jornal Leopoldinense de 16 de novembro de 2017

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Sesquicentenário de Nascimento

Posted: 01 Dec 2017 01:58 AM PST

No dia 1 de dezembro de 1867 nasceu em Leopoldina mais uma descendente do “comendador” Manoel Antonio de Almeida: Marieta Rodrigues de Almeida, filha de Francisco Martins de Almeida e Rita Garcia da Natividade.

Mais tarde seus pais transferiram residência para o distrito de Aracati, em Cataguases, onde Francisco Martins faleceu em dezembro de 1915. Em 1873 ele havia adquirido um pequeno lote da Fazenda Monte Redondo que, segundo a pesquisadora Joana Capela, localizava-se em Santana de Cataguases.

Além de Marieta, Francisco e Rita Garcia foram pais de outros treze filhos, todos com grande descendência. Alguns destes filhos também fixaram residência na margem esquerda do Rio Pomba, seja em Aracati ou em Vista Alegre, ambos distritos de Cataguases.

Os avós paternos de Marieta foram Maria Constança de Jesus e Antonio de Almeida Ramos, filho de Manoel Antonio de Almeida e Rita Esméria de Jesus. Os avós maternos foram José Joaquim Pereira Garcia e Mariana Esméria da Natividade, ambos provenientes de famílias da Serra da Ibitipoca.

Marieta casou-se com Honório Rodrigues de Lacerda, filho de Generosa Teodora de Jesus e de Ezaú Antonio de Lacerda, neto paterno de José Ferreira Brito e Mariana Paz de Lacerda. O casal teve, pelo menos, outros dez filhos,  alguns deles nascidos e batizados em Leopoldina.

 

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Leopoldinenses nascidos em dezembro de 1917

Posted: 01 Dec 2017 12:45 AM PST

Dia 1

Antonio, filho de Antonio Americo Martins e Maria Locci

Dia 4

José, filho de Francisco Narciso de Lacerda e Rita Guilhermina de Vargas

Dia 19

Nair, filha de Joaquim Francisco Antunes e Maria da Conceição Botelho

Dia 21

Domingos Richardelli, filho de Luigi Richardelli e Maria Perdonelli

Dia 22

José, filho de Artur Teixeira de Mendonça e Ana de Araújo Porto

Dia 27

Sebastiana e Sebastião, filhos de José Augusto Vargas e Cecilia Ferreira de Almeida

 

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