Leopoldina, MG

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A constituição do espaço público em Hanna Arendt

Posted: 25 Mar 2015 08:24 AM PDT

Com o subtítulo “por uma ressignificação semântica do conceito de ‘polis’ para a historiografia do mundo antigo”, este artigo de Diego Avelino de Moraes Carvalho foi publicado no volume 21, jul.-dez. de 2014 da Revista Labirinto. Segundo o autor, em Hanna Arendt “o conceito de Polis [passa] ao largo de definições meramente topográficas, antes se alojando em definições que apontam para aspectos significativos do imaginário, mentalidade, ou de modo mais sucinto, de identidade cultural helênica”.

O assunto se torna especialmente interessante no sentido de enfatizar que o poder “sustenta e preserva a esfera pública” e que, se for anulado, impossibilita a ação natural do homem no espaço público, abrindo oportunidade para organizações opressoras como os absolutismos e as ditaduras.

Resumo

De modo genérico, o conceito de "Polis" sempre esteve ligado ao de "Cidade-Estado", de localidade física e institucionalizada. Doravante, a filósofa Hannah Arendt vem lançar luzes sobre esse entendimento, compreendendo a "Polis", antes, numa esfera existencial, filosófica, de um espaço interpessoal resultante da ação coletiva de cidadãos reunidos para tratar de interesses comuns e não de um aglomerado urbanístico, ou mesmo de um Estado na concepção moderna do termo. Tal afirmação é de extrema importância, pois nos faz repensar a categoria de identidade política helênica tomando como referência um conjunto de crenças, hábitos e visões de mundo comum que se expressam num espaço não concreto e necessariamente institucionalizado. A proposta desta comunicação, portanto, é de apresentar a noção de "espaço público" como expressão semântica genuína do conceito de Polis dentro da obra de Hannah Arendt.

Leia o texto na íntegra…

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